Pesquisa avança na criação de vacina contra doença da solitária em bovinos.
O objetivo da vacina é impedir o desenvolvimento dos cisticercos no animal

Uma parceria entre acadêmicos e especialistas da Embrapa avança na criação de uma vacina, a partir de proteínas, para combater a cisticercose bovina, causada pelo parasita Taenia saginata - conhecido popularmente como "solitária".
Essa zoonose é relevante na inspeção sanitária, pois pode afetar a carne destinada ao consumo humano. Os animais contaminados perdem peso, têm o crescimento muscular retardado e ainda podem apresentar lesões. Ao ser transmitido para o ser humano, pode chegar a quatro metros de comprimento.
Por ser um assunto sério e sempre combatido, a pesquisa pela vacina foi iniciada em 2023 e contou com pesquisadores das universidades federais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e até do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).
Segundo o imunologista Flabio Araújo, da Embrapa, usando duas proteínas dominantes, a tecnologia do DNA recombinante é usada nos estudos por ser reconhecida e aprovada cientificamente. "O objetivo da vacina é impedir o desenvolvimento dos cisticercos no animal imunizado, minimizando prejuízos”, destaca Flabio.
A pesquisadora em biologia molecular, Lenita Ramos, destaca que algumas proteínas estão em avaliação para uso em testes de diagnóstico, com a busca de uma estratégia mais eficaz possível.
"O uso de uma vacina pode trazer, além da proteção direta contra a doença, benefícios para toda a cadeia produtiva da carne bovina, garantindo mais segurança, rentabilidade e qualidade da carne, impactando positivamente na economia e saúde pública”, reforça.
Dados do SIF (Serviço de Inspeção Federal), Ministério da Agricultura e Pecuária, apontam prejuízos regionais estimados em R$ 100 milhões.
com informações: Campograndenews
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